Congregações do Quénia aderem Igreja Metodista Global

Por Walter B. Fenton
6 de setembro de 2023

Cinquenta e oito congregações Metodistas Unidas locais no Quénia votaram para se retirarem da Igreja Metodista Unida e depois anunciaram que iriam alinhar-se com a Igreja Metodista Global. As congregações tomaram a sua decisão na Conferência Anual Quénia-Etiópia da Igreja MU realizada em Nairobi, Quénia, a 24 de agosto de 2023.

"A nossa saída resultou de grandes diferenças entre nós e o Bispo Daniel Wandabula [líder da Área Episcopal da África Oriental da Igreja MU] e uma Igreja MU que parece cada vez mais dominada por progressistas sediados nos EUA", disse o Rev. Wilton Odongo, Secretário da Conferência Anual Quénia-Etiópia e Superintendente do seu Distrito de Nairobi. "Apesar de as nossas convicções de fé, crenças, práticas e ética se manterem consistentes com o Livro de Disciplina da IMU, estão desfasadas do local para onde o Bispo Wandabula e os líderes progressistas da IMU nos EUA estão aparentemente determinados a levar a denominação. Uma vez que temos sido tradicionalmente metodistas, ainda queríamos estar dentro da família metodista, por isso decidimos que é bom para nós juntarmo-nos ao GMC."

Para além das 58 igrejas locais que planeiam juntar-se à Igreja GM, Odongo disse que 16 outras igrejas locais plantadas no ano passado também indicaram que se juntarão à Igreja GM. Ele acredita que outras igrejas locais MU no Quénia e também na Etiópia farão a transição para a nova denominação à medida que aprendem mais sobre as suas opções.

"É claro que lamentamos a divisão na Igreja", disse a Sra. Cara Nicklas, Presidente do Conselho de Liderança Transitória da Igreja GM, "no entanto, estamos gratos pelos leigos e clérigos destas igrejas locais no Quénia estarem a pôr o conflito para trás das costas e a escolherem unir-se com irmãos e irmãs que partilham as suas convicções cristãs fundamentais. Acolhemo-los com alegria em Igreja Metodista Global!"

Uma disposição aprovada na Conferência Geral de 2019 da Igreja MU, convocada especialmente para o efeito, permitiu que aproximadamente seis mil congregações locais nos EUA se desfiliassem da denominação. O Conselho de Bispos da Igreja MU decretou que a disposição de desfiliação era aplicável apenas às igrejas dos EUA. Consequentemente, os membros em África, na Europa e nas Filipinas, tal como o clero e os líderes leigos no Quénia, utilizaram outros métodos para retirar as suas igrejas locais da denominação MU.

"Desejamos que as nossas igrejas locais cresçam", disse Odongo, "Queremos que as nossas igrejas estejam enraizadas numa expressão wesleyana da fé cristã, na sua história, doutrinas e teologia, e também na política e liturgia metodistas. A nossa esperança é que o maior número possível de clérigos quenianos que estejam alinhados com o GMC tenham a oportunidade de se inscrever para formação teológica e adquirir princípios de liderança para que a igreja no Quénia cresça e floresça. Rezamos a Deus para que providencie fundos para bolsas de estudo para os nossos pastores do GMC, para que possam inscrever-se em formação teológica formal."

Odongo observou que um vasto círculo de líderes clericais e leigos tornou possível a saída das 58 igrejas locais, mas citou especificamente os esforços do Rev. Kephas Otieno Oloo, Superintendente do Distrito de Nyanza, e da Rev. Rosemary Iserene Wandera, Superintendente do Distrito de Busia, e dos líderes leigos Dr. Ken Mollo, Sr. Chrispinus Wafula Mugwanga e Diácona Alice Wasilwa.

Num sinal de que a separação será amigável, os líderes da Conferência Anual Quénia-Etiópia nomearam um comité ad hoc composto por um número igual de pessoas representando as igrejas que partem e as que ficam para desenvolver um plano para lidar com a disposição da propriedade da conferência. O comité ad hoc deve apresentar o seu plano até 31 de outubro de 2023, a uma sessão especial da conferência anual onde o plano será considerado e votado.

"Estou grato pela liderança corajosa e baseada em princípios dos nossos irmãos e irmãs quenianos", disse o Rev. Keith Boyette, Diretor Conexional da Igreja GM. "Negada a justiça pelo seu bispo na decisão de que não havia caminho para eles tomarem a sua própria decisão sobre o seu futuro, eles corajosamente tomaram a sua decisão e agiram de acordo com as suas convicções. A Igreja GM está ansiosa por trabalhar em estreita colaboração com eles para organizar as igrejas e o clero no Quénia no avanço do evangelho, livre do conflito que encontraram anteriormente."

Pode saber mais sobre o Igreja Metodista Global explorando o seu sítio web.

O Rev. Walter Fenton é o Oficial Adjunto de Ligação Igreja Metodista Global.